A masturbação é um comportamento sexual presente em praticamente todas as fases da vida adulta e até da adolescência. Recomendada inclusive por especialistas, ela pode trazer inúmeros benefícios, físicos e mentais: melhora do humor, alívio do estresse, ajuda no sono e até fortalecimento da saúde sexual. No entanto, como qualquer comportamento ligado ao prazer, pode sair do controle e se transformar em uma compulsão, trazendo impactos na vida social, profissional e afetiva.

De acordo com o Dr. Vitor Mello, sexólogo e biomédico, a linha que separa o saudável do compulsivo não está na quantidade, mas no impacto que o hábito causa. “A frequência varia muito de pessoa para pessoa. O problema começa quando a masturbação se torna a prioridade do dia, é feita em locais ou momentos inadequados e passa a interferir nas responsabilidades e nos relacionamentos”, afirma.
O que caracteriza a masturbação compulsiva
O especialista explica que o problema se caracteriza por perda de controle e impacto negativo. Alguns sinais de alerta incluem:
- Reduzir ou abandonar atividades importantes para se masturbar.
- Sentir necessidade de aumentar a frequência ou intensidade para atingir o mesmo nível de prazer.
- Apresentar dificuldade para controlar o impulso, mesmo em situações públicas ou inapropriadas.
- Sentir culpa, ansiedade ou tristeza logo após o ato.
- Evitar relações sexuais com parceiros, preferindo a masturbação.
Possíveis causas
A compulsão masturbatória pode ter raízes emocionais, psicológicas ou até contextuais. Entre as mais comuns estão ansiedade, depressão, estresse crônico, histórico de traumas, solidão e uso excessivo de pornografia.
“A masturbação, nesse cenário, funciona como um escape para lidar com sentimentos difíceis, mas, quando se torna o único ou principal recurso de prazer e alívio, acaba agravando problemas de autoestima e isolamento social”, explica Vitor Mello.
Impactos na saúde sexual
Apesar de o ato em si não causar danos físicos diretos na maioria dos casos, o excesso pode gerar fadiga, irritações na pele, diminuição da sensibilidade e, em situações extremas, disfunções sexuais como dificuldade de manter a ereção ou atingir o orgasmo durante relações com parceiros. Além disso, a dependência do estímulo individual pode prejudicar a intimidade e o desejo no relacionamento.
“É importante lembrar que a masturbação, quando equilibrada, pode ser uma aliada da saúde sexual, ajudando no autoconhecimento e no controle da ansiedade. O problema está no excesso, que muitas vezes é um sintoma de questões emocionais ou comportamentais mais profundas, como estresse, solidão ou até compulsão sexual. Quando não controlado, esse hábito pode contribuir para quadros de disfunção erétil, já que o corpo e a mente passam a responder melhor ao estímulo individual do que ao contato com o parceiro.” reforça Vitor Mello.
Como buscar equilíbrio
Para quem percebe que o hábito está afetando a rotina ou o bem-estar, o primeiro passo é reconhecer o problema sem culpa ou vergonha. O tratamento pode envolver terapia sexual, acompanhamento psicológico e mudanças na rotina para incluir outras fontes de prazer e conexão.
“O objetivo não é abolir a masturbação, mas devolver o controle ao indivíduo, para que ela seja uma prática saudável e prazerosa, e não uma prisão”, conclui o sexólogo e biomédico, Dr. Vitor Mello.
Conheça mais sobre o Dr. Vitor Mello: Dr. Vitor Mello é Biomédico, referência nacional em harmonização íntima masculina, criador do método Overpants e sexólogo. Ele realizou diversos procedimentos estéticos íntimos em famosos e anônimos. Além de ser uma figura renomada no campo da sexualidade, Dr. Mello é conhecido por sua abordagem inovadora e seus métodos que visam melhorar a confiança e a satisfação pessoal de milhares de homens no Brasil.